Descrição Geral: Muito freqüentemente no desenrolar do último milênio
ou mais, visitantes Kithain às terras natais ancestrais dos Exús se
encontrariam numa corte de um poderoso califa ou matriarca cuja aparência era
radiante como o amanhecer e cujas palavras trovejavam com poder e autoridade.
Esses líderes pareciam os Exús com os quais os Kithain estavam familiarizados,
mas de certa maneira também eram diferentes: seus olhos ardiam com uma luz
dourada como a essência aprisionada do sol, e sua postura sugeria a força das
montanhas e a graça dos rios. Talvez o mais estranho de tudo, os normalmente
desafiadores e aventureiros Exús com os quais esses Kithain eram familiarizados
tratavam estes governantes com grande deferência, às vezes beirando uma
completa servidão. Ainda assim, tão logo estivessem fora da presença do califa,
os Exús retornavam a seus eus normais e se recusavam a discutir qualquer coisa
sobre o encontro com o estranho governante. Se amargamente pressionados, todos
eles diriam que assim como o sol nascente dá esperança ao mundo, também tais
visitas os davam direção. E por séculos, isso foi tudo que os outros Kithain
puderam observar. Isso se deve ao fato dos Escolhidos do Exús não serem tolos e
saberem muito bem a importância de manter uma vantagem pelo maior tempo
possível. Assim, eles sempre permitiram que pouquíssimos soubessem que os Obá
existem. Eles são simplesmente muito raros e importantes para a Tribo para que
se permita que sua existência venha a público, de modo que os inimigos dos
Elegbara possam visá-los como alvos. Tais medos não são inteiramente
infundados. Os Obás são o coração pulsante da Tribo, a última linhagem pura que
descende diretamente do próprio Elegbara.
Aparência: Os jovens Obás são quase idênticos aos Exús comuns, exceto
pelos olhos, que são tingidos de dourado forte ou prata brilhante, dependendo
de serem Ojo (Seelie) ou Iku (Unseelie) por natureza. A maioria nasce em
famílias nobres e são então criados para os tronos que eles um dia assumirão,
aprendendo as artes cordiais da guerra, da política e da liderança.
Estilo de Vida: A organização dos Obás é dispersa na melhor das
hipóteses; há talvez três dúzias deles com títulos, pra começar, e porque a
maioria do seu tempo envolve supervisionar os negócios cotidianos em suas
terras, ambas as mundanas e as quiméricas. Embora as leis de verdade que eles
aplicam dependem em grande parte em eles serem Ojo ou Iku, todos Obás são
amplamente respeitados por sua sabedoria, justiça e hospitalidade e com
felicidade acolhem colegas Elegbara que precisem de ajuda, desde que tais
hóspedes tenham maneiras e não protestem contra um pouco de serviço doméstico.
Em um primeiro momento, os Obás se parecem muito com seus primos Exú: altos,
magros e graciosos, com orelhas pontudas e vozes encantadoras, embora neles
essas características se acentuam ainda mais até a pura perfeição, fazendo os
Obá serem quase dolorosamente belos de se ver em seu aspecto feérico. O mais
impressionante de tudo são seus olhos – apenas tingidos de dourado ou prateado
antes de assumirem um título, os olhos de um Obá tornam-se orbes cintilantes,
como sóis e luas em miniatura, uma vez que tenham assumido o trono. Esse brilho
muda conforme seu humor também, ficando mais forte se estiverem nervosos ou
animados, ou diminuindo para um discreto brilho quando o Obá está feliz ou em
paz. A maioria dos Obá prefere se vestir com as roupas de sua terra, com uma ou
duas diferenças para marcar seu posto. Isso se aplica a sua roupa feérica e
também a seus hábitos mundanos, mas ninguém jamais confundirá um Obá com um
plebeu comum. Sua própria postura indica sua linhagem, uma linha nobre que se
estende até a aurora dos tempos. Devido à pureza natural de sua linhagem, não
há um Obá que não seja descendente direto de africanos. Por serem um kith
nobre, os Obá só podem ser afetados com o uso de Fadas 2.
Afinidade: Sua Afinidade, assim como a dos Exús, é com Cena.
Heranças: Enquanto não assumiram o título, os Obás têm “Trilhas
Espirituais” como direito de nascença, assim como seus primos Exús. Assim que
assumem seu lugar de direito, no entanto, eles ganham “Manto dos Orixás”, que
funciona exatamente como o Awe and Beauty dos Sidhe. Assim como seus primos
Exús, eles também têm “Criação de Contos” como direito de nascença. Os Obás não
falham criticamente em testes de Empatia ou Liderança.
Fragilidades: Inicialmente, os Obás têm “Imprudência”, que funciona
como a Fragilidade dos Exús. Assim que assumem títulos, entretanto, esse
Fragilidade é substituída por “Solo Nativo”. Os Obá estão literalmente presos
às terras que amam. Uma vez criado o vínculo, eles não podem deixar a terra e
sua contraparte no Sonhar por muito tempo sem ficarem doentes e simplesmente
enfraquecerem até o nada. Essa proibição não inclui viagens ao Próximo ou
Profundo, tão pouco jornadas Umbrais. Os Obá podem deixar seu território por um
ciclo completo da Lua. Depois disso, eles começam a perder um Nível de Vitalidade
por dia, que não podem ser curados de maneira alguma até que os Obá retornem a
suas terras. Os Obá estão sempre cientes deste limite de tempo, e, enquanto
fora de suas terras, sofrem uma penalidade de +1 na dificuldade de todos os
testes pela dor e distração constantes.
Citação: “Nossas palavras são as palavras das rochas, das árvores, dos
rios e dos céus. Nós escutamos os Orixás, então passamos suas orientações ao
nosso povo. Que missão maior que proteger sua família alguém poderia ter?”
Ponto de Vista:
Caiporas: “Criaturas abençoados por Oxossi. Sua intima ligação com a
natureza selvagem lhes confere grande sabedoria”.
Curupiras: “Protetores das regiões selvagens e como nós compreendem a
importância da terra”.
Karuanas: “Aliados poderosos e hospedes animados, não deixe que seu
amor pela vida disfarce a grande sabedoria que carregam os filhos de Oxúm”
Mapinguaris: “Guerreiros valorosos e quase sempre subestimados, cative
um Mapinguari e terá um amigo fiel pra toda vida”.
Kithains: “Seja cauteloso com aqueles que permitem que a arrogância
nuble seus pensamentos, é melhor que por enquanto eles ignorem nossa
existência”.
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