quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Amazônia Punk-Gótica



Para o visitante mortal, a Amazônia parece calma e serena. O Sol reflete o orvalho, umedecendo as grandes árvores. Os rios e córregos sussurram baixinho para os muitos animais que habitam este grandioso lugar. Sob as copas das árvores da floresta, porém, esconde-se uma verdade muito mais sombria. Malditos gritam à sombra de fábricas recém-construídas. Constantes ataques são lançados pelo Garou contra a Pentex e suas forças. As legiões da Wyrm, fortemente armadas e com a conivência dos corruptos governos locais, buscam suprimir a resistência dos Garou e demais Feras, que tentam parar a acelerada destruição da floresta.

Para um observador casual, resta ainda uma grande extensão de floresta intacta, mas para os Garou, que lutam e morrem aqui, este é um paraíso ameaçado, piorando a cada dia que passa. O ar é preenchido com os gritos atormentados de espíritos nativos que clamam por ajuda. Os instigadores deste sofrimento – criaturas maculadas pelo ódio contra os invasores estrangeiros e aquelas tocadas pela corrupção lançada pela Wyrm, também emprestam seus gritos a esta sinfonia da miséria que ecoa por entre as grandes árvores, lançando uma sombra lúgubre nos corações de todos que escutam.

Uma guerra de proporções épicas está sendo travada na Amazônia, milhares de hectares de floresta são destruídos anualmente pela ação de grandes corporações que tem no aumento de seus lucros sua única preocupação. Milhares de espécies de plantas e animais estão ameaçados. Plantas desconhecidas na selva que poderiam conter a cura para muitas doenças devastadoras, muitas delas são eliminados da existência pelo desmatamento maciço antes mesmo de terem sido descobertas. Todos os dias centenas de hectares de floresta são perdidos para o desmatamento.

Este é um cenário de ódio e frustração levado ao limite. A Pentex, sob o disfarce de corporações internacionais, busca violentar a terra por nenhuma outra razão além de ferir Gaia. Poucos e valorosos heróis têm a ousadia de enfrentar os interesses dessas grandes corporações para defender a floresta e os povos nativos que aprenderam a viver harmoniosamente com ela há milhares de anos.

A Película é fraca nesta região, por conta da forte influência da Wyld, limiares são mais comuns no interior da grande floresta do que em qualquer outro lugar do mundo. E as forças da Wyrm tem se aproveitado disso para dilacerar a película através da destruição implementada por seus agentes. Feridas foram abertas pela Wyrm entre o mundo físico e a Umbra, criando passagens através das quais muitos grandes males podem penetrar no mundo. Este é apenas o começo.

O plano da Pentex para a Amazônia é simples: continuar a expansão industrial nas florestas a qualquer custo. O palco está montado. O Apocalipse está próximo e aqueles que poderiam defendê-la encontram-se ainda divididos por antigas mágoas. Esta é uma guerra que deve ser vencida, para que tudo não seja perdido. Mas não são só os Feras que tem problemas por aqui.

Os Encantados (ou Caapuãs), os Gallain herdeiros dos sonhos indígenas locais, estão neste momento vivendo uma trégua depois de uma longa guerra contra os Changelling estrangeiros pelo controle dos Glades locais e embora a Capitania do Rio Negro, em Manaus, e o Ducado das Mangueiras, em Belém, tenham resistido e até mesmo prosperado se afirmando como bastiões do poderio do Império do Crepúsculo em Território Caapuã, os rancores herdados dos conflitos recentes ainda ameaçam explodir a qualquer momento.

A região também não passou incólume como cenário para a Guerra da Ascenção. Coristas Celestiais e Oradores dos Sonhos nativos, formam a primeira linha de defesa dos magos tradicionalistas na região contra a ameaça da Tecnocracia, que busca formatar a realidade e reprogramar o paradigma local que ainda teima em admitir como consensual disparates como simpatias, garrafadas, milagres e xamanismo. Os tradicionaistas também enfrentam a desconfiança de Ofícios locais como os Hatun Villca, uma pequena sociedade de magos remanescentes da cultura Inca que tentam preservar suas tradições, mantendo capelas ocultas nas montanhas andinas, sobretudo, no Peru.

Cortes vampiricas decadentes completam o mosaico de seres sobrenaturais na região. Além de misteriosas e quase totalmente desconhecidas linhagens nativas como os Tlacique e Pisanob, apenas os cainitas mais astutos e poderosos são capazes de sobreviver em uma região infestada por licantropos e zootropos hostis. Quase todos os membros por essas bandas são renegados, fugitivos ou de passado duvidoso, a maioria não teve outra opção, além de se refugiar nesta remota e inospita região.


Porém, há exceções, um dos sete proeminentes membros que compõem o Circulo Interno do poderoso Clã Tremere, faz da Amazônia, seu refúgio. Trata-se de Xavier de Cincao, conselheiro resposável pela América do Sul que mantêm sua Capela na Venezuela e é renomado por possuir  aliados entre magos, fadas e, até mesmo, entre os Garou. Sua Progênie, Tomas Marcello, é o Principe de Caracas, a corte cainita mais influente da região.  Outra Capela Tremere de grande relevância está sediada na amazônia Brasileira, em Belém, e é reconhecida por ter desenvolvido e se especializado na Linha Taumatúrgica da Manipulação Espiritual.




Esta é a Amazônia Selvagem, as peças estão distribuidas neste exotico e imenso tabuleiro e os adversários planejam suas jogadas à sombra da grande floresta ou interior dos arranha-céus das metrópoles, que nascem e crescem como feridas cancerosas na face de um dos ultimos recantos do esplendor de Gaia. Que o jogo comece!

1 comentários:

lord.byron13 disse...

salve, salve galera!
gostei do texto, principalmente quando fala sobre os vampiros em especial sobre o Xavier um personagem oficial da WOD, e vai aqui um adendo: Ao mesmo tempo em que Meerlinda foi remanejada da Inglaterra para América do Norte, Xavier foi removid de seu quarteo-general em Barcelona para assumir o controle do continente Sul Americano bem como o México ao Norte e Caribe ao Nordeste, apesar de muitos os seus méritos, ainda não se compara ao sucess de Meerlinda ao Norte, pois o Sabá e os Seguidores de Set lhe dão muito trabalho, mas não tanto como a força das trevas, oculta em algum lugar da floresta amazônica, apesar de nunca te sido vista ou identificada, Xavier está convencido de que ela está lá e o observa, a presente destruição da floresta em parte se dá ao desejo de Xavier em descobrir essa força prejudicial.
mas...
com a corrida em busca do novo mundo as informações dizem:
Xavier, que comandava os Tremeres na Espanha, teve menos sucesso, embora a Espanha tenha liderado a corrida da colonização. Toreador e Ventrue já haviam tomado controle do Novo Mundo, e Xavier viu-se enfrentando oposição a cada passo, por esse motivo, os Tremere nunca foram tão poderosos na América do Sul como no Norte.

VIVA AOS VAMPIROS!!!!!

Postar um comentário

TwitterFacebookGoogle PlusEmail